No início dos anos 40, a cidade viveu uma euforia raramente experimentada. A época foi marcada por um grande avanço na comunicação assisense: a inauguração da Rádio Difusora de Assis, outorgada pela Portaria do Ministério de Viação e Obras Públicas nº 585, de 20 de novembro de 1940.

Considerada uma das mais antigas do interior de São Paulo, entrou no ar no dia 23 de julho de 1941, quando chegou em Assis uma companhia circense que trazia uma novidade, um transmissor RCA VICTOR, que servia para anunciar a chegada do circo na cidade. Pessoas da alta sociedade foram até o dono do circo e, a família Mercadante ofereceu o melhor valor adquirindo assim o transmissor, que se transformou na Rádio Difusora.

A emissora entrou no ar quando o rádio ainda não era um veículo de comunicação de massa, reuniu profissionais de alto nível técnico e conseguiu vencer as dificuldades iniciais.

Antigo prédio da emissora nos anos 40 Elenco de músicos em 1941

Dotada deste pequeno transmissor de apenas 100 Vatts, funcionou, inicialmente, em uma garagem nos fundos da Casa Cunha (secos e molhados) na Rua Floriano Peixoto. Seu êxito foi total e já no ano seguinte foi transferida para o atual prédio, na esquina da Av. 9 de Julho com a Rua Gonçalves Dias.

Auditório da emissora nos anos 60

Vicente Mercadante, Sebastião Leite do Canto, José Vieira da Cunha e Silva, Miguel Leuzi, Antônio Viana Silva e Dr. Licurgo de Castro Santos, foram alguns dos acionistas no ínicio.

Os anos 40 trouxeram para as rádios os programas de auditório destacando cantores como Sulino e Marrueiro, o seresteiro Silvio Caldas, as vozes suaves de Caçula e Marinheiro. Dona Nair Barduce conta que em 1942 foi convidada a cantar uma música de carnaval chamada “Seu Pereira” em um programa de auditório.

No período de Pós Guerra, a emissora centralizava os interesses culturais de Assis, principalmente nas áreas de Teatro e música. Dessas atividades, surgiu a idéia de se criar na cidade, o Conservatório Musical Santa Cecília.

Flávio de Campos foi o primeiro locutor famoso de Assis, sua voz forte mostrava um talento incrível. Além dele, Javert de Oliveira, Ary Ferreira da Costa e muitos outros deixaram o município e fizeram sucesso em emissoras de grandes centros.

Década de 50

A década de 50, nos anos dourados, a novidade era a Radio Novela, a imaginação chegava aos lares com os artistas levando sensibilidade, transportavam o amor ou até a raiva através dos momentos vividos nas novelas. Foi nesta década ainda que a emissora deixou de ser local para fazer parte da Rede Piratininga de Rádio, adquirida pela família Leuzi. Em meados de 1.960, a Difusora deixou de integrar a rede Piratininga e voltou a ser uma emissora local.

Visita do Presidente João Goulart em 1956

Todos os assisenses ouviam pela radio Difusora os jogos do time da Ferroviária, que eram realizados no campo da rua Brasil. Ilmar Veloso, Jairo dos Santos e José João Zanotti eram considerados a melhor equipe esportiva do interior de São Paulo, entre os anos de 1958 a 1962. Homero Rabelo e a equipe de esportes transmitiram as belezas do futebol Brasileiro em 1961.

Década de 60

A Rádio Difusora, na década de 60, tinha grandes comunicadores como Antônio Sérgio, vindo de São Paulo, da rede Piratininga e João Zanotti com um programa esportivo e outros de assuntos gerais. Foi também nesta década que Edivaldo Figueiredo, mais conhecido por Tapera, iniciou sua carreira, fez de tudo um pouco até adquirir um programa sertanejo, só seu, denominado “Rancho do Compadre Tapera”O sucesso foi tanto que durou 20 anos no ar. Tapera abria espaço para cantores de toda a região, como a famosa dupla sertaneja Jacó e Jacozinho, que participou várias vezes do programa. Foram criados outros programas, como Nossa Música, Nossa Gente, Relíquia Sertaneja, Sertão Alegre, Sertão Cidade, Lari Larai versus Iê, Iê, Iê, entre outros. Em 1963, D. Maria Cândida se destaca por ser a primeira mulher a produzir e fazer um programa de rádio em Assis.

Década de 70

Deputado Helio Cesar Rosas

No início da década de 70, o controle acionário da emissora, que pertencia à família Leuzi – Rede Piratininga passa as mãos do Deputado Federal Hélio César Rosas, Egydio Coelho da Silva, Álvaro Teixeira de Carvalho, Abílio Nogueira Duarte e outros, até o início dos anos 2.000, sendo posteriormente controlada pelos atuais proprietários, Hélio César Rosas e Cicero Coelho Pedrosa.

Na rádio, o “Jornal Rotativa Sonora”, ao meio dia, passa a ser uma referência informativa em toda a região, o “jornal que domina a cidade”. O formato surgiu da idéia do Prof. João Francisco Tidei Lima – da UNESP de Assis e de uma grande equipe formada por apaixonados pelo rádio e pelo jornalismo como Walter Filho, Marcos Barreiro, João Manuel Vaz, Sérgio Boquenbuzo e Cícero Coelho Pedrosa que apresenta o jornal até hoje.

No ano de 1970, a Difusora entra em cadeia com a Rádio Bandeirantes de São Paulo na transmissão da Copa do mundo de futebol realizada no México.

Em 1974, Antônio Senna traz para a Difusora o “Placar Mundial do Sucesso”, que era o programa onde se lançavam os sucessos musicais nacionais e internacionais e muita informação.

A década de 70 marcou a Difusora com o programa “Arte, som e talento”, era um espaço com entrevistas e lançamentos, matérias com artistas da MPB, sobre o comando de Paulo Cardoso.

No final dos anos 70, Sergio Boquenbuzo, fazia toda tarde um programa com estilo jovem das 13h às 15hs com o nome “MAXSOM”.

Em 1976, a rádio tinha uma programação especial para a cidade vizinha de Cândido Mota, das 9h às 10 horas da manhã, com o programa “A voz de Cândido Mota”, apresentado por Cícero Coelho Pedrosa.

Década de 80

Pingo D’Água

Nos anos 80, a rádio Difusora contrata Luiz Otávio, mudando o estilo da rádio através de externas, ouvindo o povo, na periferia da cidade.

Em 1981 inicia-se um programa voltado ao musical sertanejo moderno e raízes, apresentado até os dias de hoje por Pedro de Fauto Andrade, mais conhecido por “Pingo D’Água”.

Antônio Senna

Em 1988 a Difusora de Assis lança o primeiro noticiário matinal da cidade, o “Show de Notícias” apresentado por Antonio Sena, Júlio Antonio Pasqualino e Alves Barreto. Em 1990, o noticiário passa a ser apresentado por Márcio Ribeiro. Hoje, o programa conta com o talento profissional dos locutores Luis Otávio Lavanholi e Antônio Sena.

Na mesma época, foi criado o Programa ‘Décima Sétima Hora’, com o resumo das principais notícias do dia e entrevistas sobre diversos assuntos como cultura e educação. Hoje comandado por Antônio Senna.

Década de 90

Padre Vicente

Nos anos 90, o psicólogo Paulo Guazeli, começa um programa, das 11hs às 12hs, denominado “Programa Paulo Guazeli”totalmente dedicado ao social e muitas informações. Desde 2002, o mesmo programa vem sendo apresentado pelo Padre Vicente, denominado “Programa Padre Vicente”, um espaço que fala de fé e esperança.

Márcia Gianasi

A partir de 1992, entra no ar o “Programa Márcia Gianasi”, com participação de ouvintes, através de cartas e telefone, com conteúdo variado, voltado para o público feminino, como horóscopo, resumo das principais novelas, momento da oração, culinária, entrevistas ao vivo sobre assuntos relacionados a saúde, sempre com convidados especiais, além de informações em cima da hora, colhidas pela internet e pelos repórteres de externa

Século 21

Luis Otávio Lavanholi

Ano 2000, Luiz Otávio, que havia se afastado, volta para a Rádio Difusora com um programa interativo com debates, “Programa Luiz Otávio”, com participação dos ouvintes e testes musicais, dando prêmios dentro da programação.

Há mais de 30 anos, sob o comando de Cícero Coelho Pedrosa, hoje a rádio pioneira de Assis, conta com uma programação variada e completa, com uma equipe de profissionais competentes, trazendo as informações de Assis, da região, do Brasil e do mundo. É a única da região a operar hoje com 10 mil watts de potência, atingindo um raio circuferencial em torno de 150 km ao redor de Assis.

ATUAL GESTÃO

A verdade é que a Rádio Difusora de Assis cresceu a passos largos, acrescentando novas formas de vida e comportamento aos assisenses, sempre visando o progresso da cidade e de seu povo.

Atual diretor executivo Cicero Coelho Pedrosa
ao lado da esposa Isildinha Pedrosa